Muito tem se falado nas transformações que o mundo deverá passar para se adequar às condições dos novos tempos, e a economia compartilhada é uma tendência que tem ganhado o merecido relevo por atravessar questões como tecnologia, meio ambiente e consumo, por exemplo, que estão diretamente relacionadas ao futuro das novas gerações.
Você já ouviu falar nessa ideia? Surgida após o contexto da crise econômica mundial em 2008, a economia compartilhada constitui basicamente um modo de vida em que se busca minimizar os custos, tanto em termos financeiros como ambientais, por meio de uma cultura que valoriza o compartilhamento e a experiência em detrimento da mera possa e acúmulo desenfreado de bens.
Dessa forma, busca-se uma postura consciente diante dos dilemas contemporâneos, entre os quais estão a crise do clima e a crescente dificuldade de acesso a determinados produtos ou serviços em razão dos altos preços.
O que é a economia compartilhada, então?
Você pode estar se perguntando como a economia compartilhada funciona, mas a gente explica. É mais fácil do que parece: pense por exemplo em um carro, que pode servir para locomover diversas pessoas diversas pessoas, seja por meio de transporte por aplicativo, do qual o maior expoente é o Uber, ou mesmo quando é alugado.
Cada vez que um mesmo veículo serve a diferentes indivíduos, o resultado é um carro a menos sendo comprado, um carro a menos circulando nas ruas e muito menos poluentes sendo emitidos, sem falar no acesso mais facilitado a esse meio de condução em razão do compartilhamento, que pulveriza os custos de manutenção, reduzindo os preços.
Mas essa é apenas uma das facetas da economia compartilhada, que também está bastante presente no segmento do turismo, em especial, com a locação de imóveis por temporada em plataformas de hospedagem, caso do AirBnb.
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Economia compartilhada x multipropriedade
Já no ramo imobiliário, uma das opções que surgiram e se fortaleceram bastante acompanhando a evolução da economia compartilhada na última década foi a multipropriedade, regime no qual é possível adquirir uma fração de um apartamento em um empreendimento de lazer que dá direito a usufruir do espaço por determinados períodos a cada ano.
O conceito de multipropriedade tem sua origem na Europa pós-Segunda Guerra Mundial, quando, devido à situação de reconstrução, existiam poucos hotéis e menos turistas, mas o seu aprimoramento ocorreu nos EUA em meados da década de 1970, só vindo a se estabelecer no Brasil após os anos 2000. Atualmente, o modelo é bastante visado devido às facilidades e vantagens oferecidas, como:
- Exercício da posse por meio de uma escritura que atesta a titularidade sobre uma fração do imóvel;
- Compartilhamento das despesas de manutenção entre todos os multiproprietários por meio de uma taxa condominial;
- Usufruto do imóvel e responsabilidade pelos custos de manutenção compatíveis com o investimento realizado;
- Possibilidade de permanecer no imóvel temporariamente, bem como alugá-lo, enquanto valer o período de utilização.
Dois dos empreendimentos ofertados pela Segunda Casa, a primeira plataforma virtual para negociação de frações imobiliárias, são bastante significativos sobre como a multipropriedade constitui um jeito inteligente e acessível de viajar.
O Golden Gramado Resort Laghetto, em Gramado, e o Hotel Nacional do Rio de Janeiro, presente na capital carioca, são verdadeiros monumentos de luxo localizados em destinos muito procurados, e que, de outra forma, estariam acessíveis apenas a grupos com condição financeira privilegiada.
Por ambos estarem inseridos no regime da multipropriedade imobiliária, contudo, que admite a aquisição de frações com uma entrada simbólica e o financiamento do valor restante em parcelas a partir de um valor bastante razoável, acabaram se abrindo como possibilidades para todos os públicos que sonham em conhecer esses lugares.
E aí, já se convenceu de que a economia compartilhada e a multipropriedade são um grande negócio?